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É Graças às plataformas digitais como a da Câmara Paulista de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que histórias de conquistas contra dificuldades provenientes da discriminação, se popularizam. Nos inspirando a resistir e a lutar pelo reconhecimento da cidadania e principalmente, a Emancipação da mulher com deficiência.

Como a história de Joyce Guerra, mais uma mulher que se fortalece em busca de inclusão social e igualdade de gênero. Com 37 anos, deficiência visual e três filhos, ela escreveu o livro “Muito além da sobrevivência”, para contar sobre sua trajetória e experiências de maternidade como mulher com deficiência.

Lucas Borba escreve na publicação do blog da CIPD :

A escritora enfatiza frequentemente o que considera ser o tipo de ataque mais grave ao protagonismo de uma mãe, mulher e pessoa com deficiência, que é quando alguém atribui ao filho, mesmo a uma criança, um papel de cuidado ou responsabilidade em relação a ela.

“Para algumas pessoas, é quase como se os papéis devessem ser invertidos, como se o filho devesse ser privado de ter uma infância, um espaço de crescimento e aprendizado equivalente ao de qualquer outra criança para zelar pela mãe, o que além de absurdo é um total desrespeito, mesmo que inconsciente, tanto a um quanto ao outro”, afirma Jobis.

https://www.camarainclusao.com.br/noticias/dia-das-maes-duas-maes-com-deficiencia-protagonizam-sua-experiencia-de-luta-pela-autonomia/?fbclid=IwAR1K75hHMd87yIKJL47-5JvUPuMkUWLZz6ItHoTirtMJQMEzJGkVLz9JIkA

A Reportagem também traz a história da Doula,  Sabrina Lage. Que é uma pessoa suda desde o nascimento e também casada com um homem na mesma condição, com quem teve a Catharina.

Em 2018, ela contou em uma entrevista de como desenvolveu uma conexão com a filha ao observá-la a partir do toque, ficava com a mão para cuidar dos movimentos e para saber se a filha estava chorando.

Ela também comentou como sentia pelos seios que a filha precisava ser amamentada. Uma sensação muito familiar e uma linda conexão entre as mães.

Sabrina também relata em como a filha se desenvolveu ao aprender simultaneamente, a comunicação visual e oral na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

 Percebemos que ela tem sensibilidade tanto na parte auditiva quanto na visual. Ela ouve o barulho lá fora e nos comunica o que ouviu, observa atentamente os detalhes e tem ótima memória visual”

Sabrina Lage em entrevista para a Revista Crescer, em 2018

Ela também evidencia a importância de formar redes e grupos para que as mães possam se informar durante as fases de gestação, puerpério, amamentação e até os cuidados com bebê. Sabrina Lage como doula, orienta outras mães, às prepara para o parto e também acompanha no momento de dar a luz.

Junto com o marido, ela fez o “Pais Surdos“. Uma página no Facebook para compartilharem a criação e o crescimento da filha.

Como Vozes Femininas, apoiamos a divulgação de histórias assim, para empoderar à todas as mães que fazem parte desse projeto.

Falamos sobre a Maternidade e direitos reprodutivos em Nosso curso de Autoestima e Emancipação.

Os direitos reprodutivos são aqueles que permeiam o amparo do estado, para um casal ter filhos, ou seja, é preciso uma estrutura pública que viabilize esses direitos e que tome como responsabilidade da sociedade de formar e desenvolver todas as crianças. E assim, que seja escolha e direito da mulher com deficiência ser mãe ou não.

Infelizmente, ainda são muitos, os relatos de mulheres com deficiência que sofrem a discriminação de pessoas que tiram a capacidade de cuidar dos próprios filhos. Algo que foi amplamente debatido em nossos encontros presenciais.

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