A Organização Mundial da Saúde vem alertando em suas redes sociais, sobre a importância de cuidar da saúde mental durante a pandemia. A menção a esse assunto pode finalmente ser uma oportunidade para voltarmos nossa atenção para a saúde da mulher com deficiência, que sempre viveu em isolamento social e a margem da sociedade.
Além de lidar com questões da exclusão, proporcionadas pelo capacitismo, as mulheres com deficiência vivenciam diferentes categorias de opressão e discriminação por serem mulheres. Muitas já viviam apagadas pela sociedade, e mantidas isoladas dentro de casa pela própria família antes mesmo de ser um meio de evitar o contágio do novo coronavírus. Esse fenômeno fez com que pessoas entendessem que a exclusão social pode adoecer a qualquer um.
Desde o começo da pandemia, os profissionais da área da saúde e da psicologia, nos alertam das consequências da crise do coronavírus na vida e na saúde mental das pessoas.
Junto a isso, estamos vivenciando algumas tendências globais de discursos de ódio em ascensão nos espaços digitais, que amplificam um preconceito violento e perigoso e que agride as pessoas com deficiência, não só fisicamente, mas emocionalmente. Essa mesma inclinação, voltada para a política faz com que tenhamos medo e do que está por vir no Brasil, vivemos com medo de qual retrocesso virá a seguir com o desgoverno.
Como cuidar da saúde mental da mulher com deficiência
É comum que mulheres com deficiência tenham dificuldade de encontrar alguém com quem conversar, alguém que se identifique com as suas dificuldades e suas capacidades e isso é essencial para o bem-estar de qualquer um.
Mas é de extrema importância para a mulher com deficiência, ter um lugar seguro para conversar, com quem dividir suas angústias e ser compreendida.
Claro que ainda precisamos de todos os direitos básicos e a luta ainda tem um longo percurso até atingirmos um mundo inclusivo e acessível como desejamos, porém, para isso, precisamos estar saudáveis, encontrando hábitos que nos ajudem a nos fortalecer. A saúde mental faz com que nos sintamos bem, e isso dá força para continuar combatendo o capacitismo.
- Utilize meios digitais para conversar com a família ou amigos, é uma manteira de se manter em contato.
- Se puder e se precisar, procure um profissional.
- Tente limitar o consumo de redes sociais e sempre procure fontes confiáveis para se manter informado.
- Nunca deixe de buscar se conhecer para continuar aprendendo a se aceitar e a se amar como você é
- Evite consumo de álcool, cigarro e outras drogas;
- Não use medicamentos sem prescrição médica;
- Pratique sexo seguro;
- Reserve tempo em sua vida para o lazer, a convivência com amigas e amigos e com a família;
- Mantenha bons hábitos alimentares, durma bem e pratique atividades físicas regularmente.
Nosso projeto, Vozes Femininas quer ser esse lugar seguro para você, não hesite em nos procurar no Instagram, Facebook ou até por e-mail (contato@vozesfemininas.com.br) se precisar de alguém para conversar.