Uma mulher pode estar com pouca roupa ou sem ela; Com muita maquiagem; Pode estar bêbada; Pode estar afim no início, mas depois não; Não importa a circunstância: Não é Não!
Não, a culpada não é ela; Não, ela não ” procurou” por isso; Ela pode ser quem ela quiser, estar onde ela quiser, Porque, Não é Não!
Não podemos sustentar esse discurso mentiroso, de que “Homem é Homem. Mulher tem que se comportar.”
Ou quando dizemos “segure suas cabritas porque o meu bode está solto”. A responsabilidade é de todos nós ensinarmos aos meninos que eles devem respeito a todas as mulheres do mundo!
Para que as próximas gerações não sintam o peso do machismo e que um dia, nós mulheres possamos andar sem medo!
Medo de sermos agredidas e depois crucificadas apenas pelo simples fato de sermos mulheres. Eu ensinei os meus filhos para que sempre respeitassem as mulheres.
Ao senhor advogado: que a sua filha jamais encontre pela rua, homens como você. Na verdade, o que existe é a falta de respeito com o próximo. Falta exercer a empatia; muitas vezes a sociedade culpa a mulher por esse ato criminoso. Porque a nossa sociedade é uma sociedade machista.
“Não existe estupro culposo”. Como aconteceu com Mari Ferrer. Abriu a tampa do lixo fétido de uma justiça cega e corrompida. Onde está os direitos humanos pra gritar por essa cidadã brasileira que teve sua moral jogada na sarjeta por aqueles que por direto deveriam defender?
Creio que já passou da hora do nosso Brasil deixar de ser conhecido como o país da corrupção… Que a justiça em nosso país seja passada a limpo; é o clamor de uma nação! Que não aguenta mais ver nossas mulheres, serem estupradas, mortas e agredidas por essa sociedade machista. Quantas Mariana Ferrer terão que passar por essa humilhação, para que as leis do nosso Brasil sejam mais justas para nós, mulheres?
Telma Souza, Agente de Inclusão e Mobilização Social para o blog Vozes Femininas
Me chamo Telma tenho 56 anos, vivi num relacionamento agressivo, abusivo por 8 anos. Nesta relação tive 3 filhos, em uma semana de casada e grávida fui agredida, e dessa agressão vieram muitas por vergonha não falava que eu sofria agressões, depois de 8 anos sai dessa relação somente com a roupa do corpo, tive que recomeçar do zero e reaprendi a viver, foi nesse momento que vi uma força que eu nunca tinha imaginado ter.
Tive algumas enfermidades, quando eu imaginava que tudo tinha acabado, aos 30 anos eu fui estuprada, passei por uma depressão profunda, tentei várias vezes tirar a minha vida, mas com o apoio dos amigos e familiares, por mais injustiçada que eu fui, julgada pela roupa que eu usava, depois de 10 anos foi feita a justiça, mas não pelo nosso poder judiciário, por ele não ter sido pego em flagrante ele teve o direito de responder em liberdade.
A justiça foi feita, pude olhar nos olhos dele e dizer por mais que ele quisesse me destruir e me deixar marcada pelo resto da minha vida, não conseguiu. Eu mostrei para ele que eu tinha renascido das cinzas e estava mais forte do que imaginava. Essa é a minha história de superação.
Para conhecer mais sobre Telma Souza, nova correspondente do blog Vozes Femininas.