Essa foto, feita no CER da Brasilândia foi a primeira vez que eu me senti plena e tranquila, pois para mim era uma dificuldade de aceitar o andador como meu amigo companheiro e ajudador, como a minha cadeira de rodas. Eles são o instrumento que me ajuda a andar e voar atrás dos meus sonhos, eles são a minha segunda perna que me ajuda a caminhar e deixar a minha garra e a minha luta de ser a cada dia mudar e me tornar ser humano a cada dia melhor, eu estou sempre num estágio de aprendizado, que para mim, tem muito valor sentimental dá mulher que hoje sou.

E cada dia vou me tornando a mulher de amanhã, fazer parte do vozes femininas, tem muito me ensinado é uma lição de vida e amor, amizade, e união que a cada dia vou aprendendo e levarei essa lição de vida para o resto da minha vida.

São momentos na vida que você tem uma vez.  Muito obrigada a todas as mulheres do vozes, a minha eterna gratidão e ao Cer da Brasilândia que muito tem me ensinado, essa lição de não tem dinheiro que possa comprar, você só adquire com o tempo.

Nicolle Monteiro minha amiga e irmã, muito obrigada por esse poema. Vozes femininas, Cer Apd Fó Brasilândia.

Andaramor

Como o bebê inocente

Redescobri o andar

Lutei incansavelmente

Demorei à aceitar

 

O andador foi aliado

Nem sempre querido

Com o tempo respeitado

Hoje, até divertido

 

Do amanhã não sabemos

É uma página em branco

Em que controle não temos

Aprendendo aos troncos e barrancos

 

A grande lição

De algo precisaremos

Um objeto ou coração

Algum uso faremos

 

Nicolle Medeiros é poetisa e tem um projeto de poesia no Facebook.