Pesquisa do Instituto Rede Mulher empreendedora (IRME) identificou que o empreendedorismo é o principal aliado das mulheres na conquista da independência financeira e a encoraja-las na libertação de relacionamentos abusivos.
Clique aqui para acessar a pesquisa completa “Mulheres empreendedoras 2021 da IRME”
O estudo relatou que 34% das mulheres entrevistadas já sofreram algum tipo de violência em relações conjunjais e 48% delas conseguiram sair da relação apenas quando se tornaram empreendedoras. Além do mais, a dependência financeira é um dos principais motivos para mulheres não denunciarem seus abusadores, como aponta o Ministério público de São Paulo.
A prática de ter total controle sobre os bens do conjunge se configura como uma violência patrimonial.
Por esse motivo que o Vozes Femininas traz tanto a palavra “autonomia” como um dos objetivos a serem conquistados pela mulher com deficiência e pela cuidadora. Porque mesmo sem necessariamente sofrer uma violência dentro de casa, ela sofre a violência estrutural de depender de alguém ou de alguma “boa vontade” para se locomover, para se alimentar e para outras necessidades básicas.
O coletivo se beneficia em rede para se apoiar perante as necessidades e problemas causados pela falta da valorização do cuidado em nossa sociedade capitalista. Muitas mulheres do Vozes Femininas são empreendedoras, mas não se reconhecem assim porque acabam fazendo por necessidade e não por escolha.
O Empreendedorismo, antes de empoderar, é uma forma de sobrevivência e é por isso, que a busca pelo aprimoramento de qualidades e capacitações nesse âmbito, é constante.
Trechos de Observatório do Terceiro setor.