O relatório “Índice de Normas Sociais de Gênero” apresentado pela PNUD – Programa das Nações unidas para o Desenvolvimento, de pesquisa feita com 85% da população mundial, mostrou dados pessimistas para a nossa luta contra discriminação de gênero.
Mulheres ainda sofrem preconceito por ser mulher, é o que revelam os resultados e não estamos nem entrando na temática de corpos com deficiência.
No Brasil, registra-se que 80% da população do país tem preconceito contra mulheres, e no índice mundial, essa porcentagem chega a 90%. São afirmações de percepção como a de que homens são melhores líderes políticas, em que 49% das pessoas concordaram, incluindo mulheres.
Não somente, duas em cada cinco pessoas responderam que homens são melhores executivos do que mulheres.
Outra afirmação de estigma contra mulheres, e talvez a mais espantosa por ser apoiada por 25% da população mundial de que é justificável um homem agredir sua esposa.
As recomendações do PNUD ao final do relatório não apresentam novidades para as reivindicações do movimento feminista, mas ainda se fazem extremamente necessárias considerando que esses números da pesquisa não diminuíram na última década. O que é dramático não só para as mulheres como para homens, visto que o patriarcado também é prejudicial a eles, ainda que de maneira não equivalente.
- Fortalecimento dos sistemas de proteção e assistência social que atingem as mulheres
- Promoção da inclusão financeira para geração de renda a longo prazo
- Combate a desinformação de gênero e também ao discurso de ódio e violência
- Investimento em leis e medidas políticas que promovam a igualdade das mulheres na política para construir Estados sensíveis às questões de gênero