A Reportagem do veículo de mídia independente, AzMina, denuncia maus tratos e riscos que os cuidadores estão enfrentando durante o período da pandemia.
A informalidade que predomina nessa profissão, trouxe angústia e dúvida durante a pandemia, muitos profissionais estão sendo dispensados e a procura para contratá-los caiu muito. Afirmou Adriano Machado, presidente da Abeci, a Associação Brasileira dos Empregadores de Cuidadores de idosos, Adriano Machado.
Entre os 1.153 profissionais cadastrados da Abeci – A Associação Brasileira dos Empregadores de Cuidadores de idosos, 85% são mulheres.
Na pandemia, as cuidadoras estão enfrentando situações extremas: quando não são mandadas embora sem suporte algum, são obrigadas a trabalhar mais e às vezes até a dormir nas casas dos empregadores, o que para eles significam estar 24 horas a disposição, desempenhando funções que não são suas.
As histórias trazidas pela matéria são de experiências perversas, como serem obrigadas a permanecer por até dois meses, isolada com a família do empregador ou por não receberem alimento no local de trabalho.
Silva Maria da Silva Santos é presidente do sindicato das Trabalhadoras Domésticas do município de São Paulo, e ela afirma que diaristas e cuidadoras são as que mais denunciaram abusos desde o início da pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro vetou o texto aprovado pelo Senado em 2019, que regulamentava a profissão de cuidador. Atualmente a classe se apoia em Cooperativas e como Microempreendedores Individuais (MEI) ou quando celetistas, podem responder às regras previstas pela PEC das Domésticas.
Enquanto isso, uma pesquisa divulgada em 2019 pelo DataSenado revela que 41% dos brasileiros conhecem alguém que precisa da ajuda de um parente ou cuidador para comer, tomar banho e trocar de roupa.