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Pesquisa de fundo feminista estima que os problemas agravados na pandemia perdurarão por mais 10 anos aproximadamente.

O ELAS + é o primeiro Fundo Social brasileiro que apoia organizações exclusivamente liderados por mulheres e pessoas LBTI e é parceiro do coletivo Vozes Femininas na inclusão do grupo nessa rede de apoio.

Em dezembro de 2021, o ELAS + lançou a pesquisa “Ativismo e Pandemia no Brasil” com dados levantados por formulários integrados no edital para solicitação de recursos. Foram 953 grupos e organizações a fornecerem informações no período entre julho e agosto de 2020.

Clique aqui para acessar o material completo.

A Pesquisa “ELAS + Ativismo e Pandemia no Brasil” revelou a intensa a perda de direitos e a precarização da vida como o resultado do contexto sociopolítico econômico brasileiro. Em paralelo, as organizações sociais e coletivos atuaram como meio de participação social nas decisões públicas e implementação de políticas afirmativas.

São grupos que fortalecem os movimentos sociais, promovendo maior diálogo entre comunidade e os poderes privado e público, na busca de construção coletiva de ações por justiça das minorias como mulheres com deficiência, negras, LBTI e indígenas.

Foi notada alta disparidade entre os orçamentos dos coletivos nos anos de 2019 e 2020: “13% gastaram ao longo de 1 ano até meio salário-mínimo; entre um e cinco salários-mínimos, 16%; entre cinco e vinte salários-mínimos, 25%; entre vinte e cinquenta salários-mínimos, 19%; entre cinquenta e cem salários-mínimos, 12%; e tiveram gastos acima de R$104.500, 14% das organizações.”

No quesito “Fontes de financiamento”, as mais citadas são as doações individuais, eventos, voluntariado e vendas. Seguidos de recursos repassados de outras OSCs nacionais e dos fundos independentes nacionais. A lista aponta que empresas privadas são as que menos doam para organizações lideradas por mulheres no Brasil.

Outras problemáticas são destacadas na pesquisa, como a dificuldade das operações nas atividades desenvolvidas em coletivos mais afastados como populações ribeirinhas, quilombolas e tribos indígenas na região norte do país.

O isolamento social, o adoecimento mental das ativistas e ainda a falta de estrutura para profissionais do sexo foram assinaladas como as maiores dificuldades na pandemia da covid-19.

Mesmo assim, pouco foi relatado sobre a luta da mulher com deficiência e das cuidadoras das periferias brasileiras, o que mostra a imaturidade da articulação e alta complexidade de formar trabalhos em rede entre coletivos com esta temática.

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