Publicada em março a partir da colaboração entre a Federação Brasileira de Bancos, a FEBRABAN e o IESPE (Instituto de Pesquisas Sociais e Políticas econômicas), a décima edição da pesquisa relata que a maioria das mulheres teme a violência existente no Brasil.
Observatório FEBRABAN 2022 – Mulheres, preconceito e Violência
Mesmo que percebam avanços nos campos do direito da mulher nesses últimos dez anos, 80% das entrevistadas se declaram insatisfeitas ou muito insatisfeitas com a forma tratadas na sociedade brasileira, entre as mulheres pretas, a percentagem sobe para 89%.
70% das mulheres relataram saber a posição do Brasil no ranking de países que mais mata mulheres que é a quinta. O que pode ser analisado como a forma de conhecimento dessas violências por experiência própria, relatos, mas também por informações formais encontradas a partir de notícias ou materiais como o próprio estudo publicado.
Apesar da violência e do assédio representarem os fatores que as mulheres mais temem, é no campo do trabalho que estão mais insatisfeitas. Entre os dados econômicos, 82% dizem estar insatisfeitas com o salário por ser desigual além de outros âmbitos relacionados em que a opressão de gênero é perpassada, como educação e as oportunidades de emprego.
Uma análise possível desta pesquisa é de que o machismo existe estruturalmente e é um problema historicamente enraizado, porém entre um balanço de avanços e retrocessos é de que cada vez mais, mulheres sabem reconhecer cenas de violência, descriminação, assédio e preconceito. Identificando também a interseccionalidade das opressões, especialmente racial.
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