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“Sem Deixar Ninguém para trás – Gravidez, Maternidade e Violência sexual na adolescência” é o nome da mais recente publicação do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) da ONU em parceria com a O Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS, Fiocruz Bahia) e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA).

A cartilha se apresenta como alicerce para entender como são distribuídos os casos de violência sexual em um contexto do Brasil e como defender o direito a saúde reprodutiva de mulheres e meninas. Além do marcador de gênero, o material diversifica as incidências nas desigualdades e vulnerabilidades sociais de raça e regiões.

A atenção a saúde sexual e reprodutiva é fundamental para a qualidade de vida de qualquer mulher, desde a sua condição básica de vida até para o seu desenvolvimento econômico.

Ainda hoje, globalmente, mais de 800 mulheres morrem todos os dias em consequência da gravidez ou do parto. São 214 milhões de mulheres em todo mundo que querem evitar a gravidez e ter acesso à contracepção moderna.

Apesar de tudo isso, defendemos que mulheres e meninas têm direito de decidir sobre suas próprias trajetórias reprodutivas e para isso, precisam ter informações necessárias. Legalmente no Brasil, o direito ao planejamento familiar é garantido no § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que diz:

“(…) O planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” Esse direito foi regulamentado pela lei 9263/1996 e, em 2007.

Os direitos reprodutivos são aqueles que permite o casal ou o indivíduo em decidir, de forma livre e responsável, sobre o número, o espaçamento e quando ter ou não ter filhos. Além do direito a ter informações e os meios para obter o mais alto padrão de saúde reprodutiva.

Esses direitos devem ser tratados com igualdade para todas, todes e todos, com plena proteção com relação às violências, especialmente daqueles mais vulneráveis como as mulheres e meninas com deficiência.

A Cartilha da UNFPA “Sem deixar ninguém pra trás” mostra dados em disparidades regionais, dividas em opressão interseccional de gênero, raça, geração e classe, ou seja, marcadores sociais históricos a serem considerados no fenômeno da gravidez indesejada. Mas, infelizmente, o documento da UNFPA não trata questões essenciais de deficiência em seus dados ou recomendações.

Em paralelo a isso, está a dificuldade em permanecer na escola enquanto se vivencia a maternidade, o que intensifica a evasão escolar entre meninas. Essa relação complexa dificulta também o acesso à educação e a inclusão no mercado de trabalho, evidenciando a desigualdade social financeira de gênero.

Se faz nítida a necessidade da inclusão e do fortalecimento da educação integral em sexualidade nas escolas.

A Gravidez indesejada afeta a vida da mulher e a menina em sua totalidade, interrompem projetos de vida e sonhos e por isso, é fundamental garantir o acesso aos direitos básicos e a proteção social para garantir que as mulheres tenham acesso ao estudo, trabalho e uma vida de qualidade. Considerando as particularidades de cada corpo e os marcadores sociais, de deficiência, gênero, geração e classe.

Por fim, é possível identificar recomendações sobre o que fazer e como denunciar casos de violência sexual.

Clique para acessar o Material.

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