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Publicamos aqui no nosso blog, algumas histórias da nossa companheira Telma. Alguns escritos por ela mesma, que até em vídeo compartilhou sobre episódios próprios de enfrentamento e superação da violência doméstica.

Infelizmente, não somente ela como diversas mulheres participantes do nosso coletivo lidam ou já lidaram com essa dura realidade, é uma estatística infeliz que nós mulheres brasileiras conhecemos como condição feminina.

Telma Paulino – Como sobrevivi ao meu passado e ao ano de 2021

A situação de violência doméstica, feminicídio e outras violências se intensifica de maneira complexa quando pensamos na quantidade insuficiência de políticas públicas para toda essa trágica demanda. Só no primeiro semestre do ano passado, em 2022, foram contabilizadas 31.398 denúncias e 169.676 violações registradas envolvendo a violência doméstica contra as mulheres em todo o território nacional.

O mapeamento da Revista AzMinas se propôs a produzir uma ferramenta capaz de localizar as delegacias especializadas em atendimento a mulheres nas cidades brasileiras, infelizmente apenas 7% dos municípios contam com uma delegacia da mulher e dessas, 15% possuem atendimento 24 horas.

Clique aqui para encontrar as delegacias da mulher existentes em todo o Brasil. 

“As delegacias especializadas no atendimento à mulher são locais com equipe treinada para atender casos de violência doméstica contra a mulher. Nelas é possível denunciar violência física, moral e psicológica, sexual e patrimonial, além de pedir medida protetiva. O Brasil conta com 400 delegacias especializadas ou núcleos de atendimento especializado em delegacia comum.”

O Portal AZMina é um veículo alternativo e independente que não só nos ajuda nas pesquisas de pautas para discussões do nosso coletivo, mas também monitora Políticas públicas, Leis e projetos de leis em defesa das mulheres em todos os âmbitos e em todas as intersecções da luta feminista.

De fato, todas as delegacias devem atender a todos os casos, mas a delegacia da mulher tem a preocupação de lidar especialmente com casos de machismo se reproduzir esse machismo tão comum no ambiente de polícia. Além de proteger a vítima de consequências do crime que a levou até uma denúncia.

Além disso, delegacias da mulher deveriam idealmente contar com tecnologias assistivas para mulheres com deficiência. Por exemplo, contar com pelo menos um profissional que saiba LIBRAS, ou que seja minimamente especializado na Lei Brasileira de Inclusão.

Atendimentos mal feitos podem levar a uma segunda violência. 

Mulheres não cis-gênero também sofrem com a falta de atendimento digno e especializado em delegacias da mulher. Segundo o Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) da Defensoria Pública de São Paulo, esse preconceito ocorre não só por parte da sociedade, mas também pelo sistema de justiça.

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